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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Fui ao céu!!!

Uma das coisas que mais gosto é de mar, adoro praia, a areia nos pés, o salgado na pele, adormecer na toalha a ouvir as conversas das pessoas e flutuar entre as ondas suaves, de olhos fechados, a ouvir o mundo de dentro de água...
Adoro, relaxa-me deixa-me mais feliz!

Então a pai da Inês resolveu fazer-me uma surpresa e ofereceu-me um voucher da Float in no Natal!
Fui ontem experimentar, a experiência consistia em 50m de flutuação e depois uma MA-RA-VI-LHO-SA massagem relax de 70m, intervalados com um chá de relaxamento.

Minhas/eus querida/os, depois daquilo eu estava capaz de ir tocar harpa para uma planicie, ou correr nua atrás de borboletas num éden qualquer!!!
O céu existe e mora ali, durante 2h30m...

A verdade é que eu tenho andado um bocado stressada, a privação de sono de qualidade e a correria do dia-a-dia fazem mossa ao fim de 15 meses de Inês, mais 9 de gravidez de alto-risco...
O pai da Inês, o meu borracho e namorado há 12 anos, sabia que eu precisava de algo assim para voltar a mim, outra vez!

Claro que eu, sou eu, aquela que vive a 200km à hora, por isso mesmo num flutuador, relaxar não foi pêra doce...

Tomei o duche e, mortinha que estava por experimentar enfiar-me dentro de uma super banheira com agua quentinha e 300kg de sal Epson (que é assim uma delicia e nada tem a ver com o sal de cozinha porque deixa a pele suave), ansiosa, porque não tomo um banho de emersão há quase 2 anos e mesmo que nem flutuasse, só por isso valia a pena, esqueci-me, da advertência da terapeuta que me disse que tinha ali vaselina para cobrir algum corte, ou ferida que tivesse...
E enfiei-me à gulosa dentro do flutuador, quando me ardeu um dedo até à alma, é que me lembrei que há dias lhe arranquei um bocadinho de um bife com uma faca a descascar batatas!!! Tiro a mão de dentro de agua como se tivesse levado um choque electrico e lembrei-me do borrifador de agua doce, que está ali mesmo à mão (outra advertência que a terapeuta me fez), besuntei o dedito com vaselina e não ardeu mais!

Depois deitei-me para trás, mesmo sentada as pernas começam logo a flutuar, não tem de se fazer esforço nenhum!! Aí foi quando percebi o quanto me estava a fazer falta uma coisa destas, porque não conseguia relaxar...

Até me doía o pescoço da tensão que estava a fazer, lá estava eu, num flutuador, a olhar fixamente para o detector de incêndio no tecto e a pensar vou estar aqui 50minutos...

Eu detesto estar às escuras, também detesto estar fechada...
Já tinha escolhido um flutuário aberto porque, as cápsulas fechadas me pareceram um bocadinho claustrofóbicas, apesar de o ideal ser as fechadas para total privação dos sentidos e relaxamento total. Também decidi que não o faria às escuras, mas, depois de estar 5minutos a olhar para o detector de incêndio, pensei tenho que tirar o máximo partido desta experiência, o botão da luz, está acessivel (luz, som e alarme, estão os 3 botões no flutuário a distância de esticar o braço) se me sentir desconfortável ligo novamente...


Coloquei a almofada flutuante para o pescoço, fechei a luz e...
RELAXEI!
Foi uma sensação maravilhosa, a escuridão completa e a sensação de ausência de gravidade, parecia que voava pelo espaço, passado alguns minutos a musica desligou e eu também...
Dormi, não sei quanto tempo, poque parece que tinham sido 10minutos, mas de repente as luzes voltaram e a sessão de flutuação de 50m chegara ao fim. 50m de flutuação equivalem a 4-6horas de sono e se vissem a minha cara quando saí dali, diriam mesmo que tinha estado a dormir uma grande sestarola!
Depois novo duche quentinho e chá na sala de relaxamento, onde escolhi a essência para a minha massagem, depois de flutuarmos o nosso corpo está muito mais receptivo à massagem, estamos molinhas e felizes, os músculos todos descontraídos (embora a terapeuta tenha dito, no fim, que eu tinha muita tensão acumulada na cervical), a massagem foi tão boa que eu, por duas vezes tive de fechar a boca à pressa para não me babar para o chão, quando estava na marquesa de barriga para baixo!!!
Juro, que se a terapeuta fosse um gajo tinha ponderado casar com ela, numa outra vida, porque nesta estou muito bem com o papá da Inês!

Deviamos ter todos direito a ir ali, pelo menos uma vez por semana, o mundo seria, de certeza absoluta, muito melhor, devia ser mesmo uma questão de saúde pública!

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