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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Desabafos curtos (e grossos!!) #1

Em relação aos incentivos à natalidade:

Os abonos vão continuar a ser mesma M(erda)iséria.

 As creches do estado vão continuar a não ser a resposta que muitos (a grande, grande, GRANDE maioria dos) pais precisavam para ter o primeiro filho ou arriscar o segundo...
Poucas pessoas podem pagar 300 a 400 euros, despreocupadamente, para ter um filho na creche, quanto mais multiplicar estes valores por dois ou três...

A redução de carga horária vai implicar a perda de remuneração (muito) significativa, logo a maioria dos pais não poderão usufruir da mesma, ou seja é uma ficção que adorna uma pré-campanha política, nada mais! Para além de que, já sabemos, será muito mal vista e aceite pelas Empresas e em muitos casos significará a ameaça da perda de emprego, porque não há uma grande salvaguarda da aplicação deste direito.

O aumento da licença de maternidade para um ano igual ao assunto anterior, implica perda significativa de vencimento (durante um ano) e vai ser mal aceite pelas Empresas, embora neste caso haja algumas medidas pensadas para tornar o assunto, mais ou menos, exequível.

Se quisessem mesmo incentivar a natalidade, alargavam a licença para um ano com retribuição a 100%; 
aumentavam o numero de creches de estado e garantiam entrada das crianças, filhas de pais trabalhadores, a partir do 1 ano*, sendo que a mensalidade nunca deveria ultrapassar os 10% do rendimento total mensal do agregado*2;
*(A partir dos 3 anos todas as crianças deveriam ter entrada assegurada, uma vez que é a idade, recomendada, para entrada na creche, antes desta idade devia dar-se prioridade às crianças com pais no mercado de trabalho.)

*2(  1, 2, 3, 4 filhos ficaria, em termos de mensalidade de creche, sempre no mesmo valor , ou seja 10% no total e não 10%
por cada filho!) 
 
a redução de horário de trabalho deveria ser de 2h/dia até a criança completar os 3 anos para ambos os pais, sem qualquer perda de retribuição, (a Segurança Social ressarcia a Empresa no valor horário da ausência do Empregado mais 1%, sem obrigação a substituição do mesmo, por outrem, durante a ausência)  2h/dia até a criança completar os 10 anos para um dos pais (em exclusivo, ou alternado por mutuo acordo) com perda de 5% da retribuição, retido pela Empresa. E 4h/semana até o jovem completar 18 anos, com perda de 3% da retribuição, retido pela Empresa.
Assim sim, eram incentivos imediatos, práticos e exequíveis à natalidade.


(Gostei, no entanto, da redução de IRS e atribuição de um medico de familia a todas as grávidas, medidas que também foram anunciadas, mas isto são apenas adjuvantes ao tratamento da baixa da natalidade, meus Senhores, não curam nada, é como meter um penso rápido numa gangrena...)

terça-feira, 1 de julho de 2014

O regresso à vida activa(???)

E, num abrir e fechar de olhos, chegou o dia de voltar ao trabalho..

Claro que com horário reduzido ... (6 horas de trabalho + 1 h de refeição o que equivale a 7 horas + 1 hora de deslocação, entre ida e regresso, o que passa a representar 8 horas...) mas ainda assim, sobretudo para quem ainda amamenta (o meu caso), é complicado de gerir, sobretudo emocionalmente.

Desta vez ia deixar não um, mas dois bebés...... (A Inês desde Abril que estava em casa comigo, devido a ter ficado de baixa por gravidez de risco do Guilherme)
 Foi duro e a antecipação amarga...
Apesar de saber que estão muito bem entregues, no coli(ni)nho do mimo dos avós, é impossível não haver algumas lágrimas...

Primeiro eu, que um mês antes já suspirava por tudo e por nada e parecia que os dias me fugiam...

Depois o pequeno-lontrinho...
No primeiro dia recusou-se a comer, embora goste de sopa, de papa e de fruta (biberão é que nunca aceitou), recusou toda a comida, cuspia tudo e chorava que nem um condenado (ele e eu, cada vez que ligava para a minha mãe e ela me dizia que ele se recusava a comer...), quando cheguei até tinha olheiras o meu pobre bebé, doeu-me tanto (o penar dele e as minhas mamas que estavam cheias e ele parecia um papa-formigas faminto...).
No segundo dia, no entanto, bebeu um biberão de leite e agarrou-se ao bibas (que ele sempre tinha odiado) com unhas e dentes (sim, já tem 2 dentes a romper!!), que isto mais vale ser um bebé prevenido e à laia da Àgata:
“Podes ficar com as mamas, com o colo e com os teus beijos, mas não fiques com ele!! (o biberão, neste caso!!)
Agora, 6 dias depois, já parece estar mais convencido, aceita o biberão a meio da manhã e a sopa e fruta ao almoço, depois, às 15h30m, quando chego, atesta maminha até aos olhinhos e só quer mimalho e colinho com fartura!

Agora a minha pequenicas...
Os primeiros dois dias foram pacíficos, ficou com os meus pais e o irmão, portou-se bem, andou bem disposta e até ajudou a tomar conta do mano em sofrimento.
Nos seguintes já houve sangue, suor e lágrimas...
Rabuja por tudo, chora quando eu saio, quer o meu colo, diz que tem muitas saudades, dorme agitada... Quando eu chego faz birra por tudo... Enfim... Está a estranhar estas horas de afastamento e a reagir com o gostinho gourmet dos terrible two...

Eu, agora, no entanto, sinto-me mais tranquila, mais bem-disposta, mais disponível para os dois.
Nas últimas semanas andava muito stressada, estiveram ambos doentes, foi muito cansativo e depois a angústia da antecipação comia-me por dentro...
Levanto-me às 6h da manhã e deito-me às 23h, mas sinto-me muito menos cansada, mais capaz de gerir as birras deles, sem stressar ou ranger os dentes... Fazia-me falta esta folga de ir trabalhar, é quase como estar de férias, apesar de ali se trabalhar à séria!!!

É verdade que ser bem recebida no meu local de trabalho pelas minhas meninas também ajudou muito (obrigada minha Selma, Joaninha, Sarita e Carinocas, vocês são as maiores!!!), faziam-me falta os risos delas, as loucuras saudáveis, as conversas!

Também é verdade que o carinho e o amor que os meus pais (e a minha sogra aos fins de semana) dedicam aos meus filhos contribuem para a minha tranquilidade (vivam os avós, que são assim das melhores coisas do mundo!!!)

E os miminhos da minha Sandra (minha amiga de tantos anos, de tantas crises, de tantas lutas) me souberam pela vida! Obrigada loura amo-te daqui até à lua (sem André Sardet, por favor!!)
E tenho o melhor irmão do mundo!!! (Sem ti mano tinha enlouquecido, obrigada mostrengo!)
E o pai dos babies merece um troféu (ou dois ou três) pelo apoio e a paciência epelas flores que me traz nos dias maus! (thank's, luv' u, ti!)

Mas, a ingrata e difícil verdade é que ser mãe a tempo inteiro é para valentes, é maravilhoso mas não é fácil, tem dias que nos sabe a mel e outros que nos amarga a boca...
 E cansa mais do que qualquer emprego, sim QUALQUER emprego, mas se eu pudesse este seria o meu trabalho a full time, afinal até tenho jeito para a coisa e o que se faz por gosto faz-se sempre melhor!