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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Amamentação: Um dever? Um direito? Ou um estigma???

A Inês tem 16 meses ainda mama, mama porque quer, porque gosta, porque é um direito dela!

Quando digo que a Minha bebé ainda mama, 95% das pessoas surpreendem-se e se desses 95, 50% acham piada,os outros 50% acham horrível,(claro que nem todos assumem a viva-voz mas acham, os rostos e as caretas inconscientes denunciam logo o desagrado) acham estranho, ridículo, que é quase indecente ela mamar até esta idade, que é quase contra-natura (e eu que sempre achei natural amamentar...)
 e ainda me dizem estas pérolas, envoltas na sua supra-suma clareza de espírito, como se amamentar fosse um claro sinal de falta de emancipação feminina:

-O Joãozinho só mamou 15 dias porque eu não tinha paciência.

-A Ritinha é saudável e eu nunca lhe dei mama, os suplementos têm tudo o que eles precisam e a mulher não precisa sentir-se uma vaca…

-Eu sou uma mulher do sec. XXI não tenho tempo para isso!

Depois há a típica frase envolta em muita pena e alguma culpa (sem culpa alguma) das mães que deram pouco tempo:

-Dei pouco tempo porque o meu leite enfraqueceu...

Não, queridas mamãs, o leite não enfraquece, a menos que haja, algum problema de saúde,mas todas as mãe vivem este receio, (eu também vivi este medo na pele) mas se procurarem informação e apoio na amamentação saberão que o leite da mãe não enfraquece, adapta-se sim às necessidades do bebé e deixamos de produzir em excesso).

A grande maioria das mães só dão mama nos primeiros meses, não condeno, nem julgo, a amamentação deve ser desejada pelo bebé, mas também pela mamã e deve ser mantida durante o tempo em que for desejável e confortável para ambos!
Mas também, muitas vezes, este abandono acontece por falta de apoio, empatia dos outros e desânimo e fragilidade da mamã.

Se por um lado é um acto de amor e um vínculo entre a mãe e o seu bebé, também é certo que muitas vezes causa desgaste porque a nível físico é exigente e nisto o papá, por muito boa vontade que tenha, não nos pode render…

Agora, eu compreendo as opções de cada um, respeito dentro dos limites do sensato, mas fico em ebulição quando me chateiam porque a Inês já está grande para mamar…

Não, não está grande para mamar!

Vai continuar a mamar por opção nossa, porque eu gosto desses momentos só meus e dela, não me chateia, tenho paciência e não me sinto uma vaca!
Sou um mamífero e perdoem-me os estúpidos humanos com tetas mas sem vontade de as usar para dar mama, mas eu tenho muito gosto na minha condição de Ser que mamou e que dá de mamar à sua cria e se sou mais vaca, macaca, cadela, gata, cabra, égua por isso, ainda bem, porque nisto os animais são muito mais descontraídos e sábios!



Se tudo correr bem quero manter a maminha até aos 2 anos e não, não lhe vou tirar a mama como presente de aniversário, lamento, ela prefere um triciclo, se calhar!

Por isso quando desmamar a Inês, não existirão radicalismos, pimenta na maminha, choros desenfreados, angústias partilhadas (minhas e dela), será um processo tranquilo, com avanços e retrocessos, respeitando o lado emocional e afectivo que envolve a amamentação.

E se ficasse grávida também não deixaria de amamentar, como muitos médicos defendem.
Sim, pode-se estar grávida e amamentar à mesma!
Até se pode amamentar duas crianças de idades diferentes ao mesmo tempo, chama-se amamentação em tandem e o nosso corpo é inteligente e funcional para o fazer com sucesso.

Uma vez mais tudo seria avaliado e decidido com serenidade, sem traumas para a Inês, porque sim, pode ser um trauma, além de alterar completamente o seu sistema nervoso.

Se um fumador ,que sabe que se está a prejudicar, tenta deixar o tabaco e sofre com a abstinência do cigarro toda a gente compreende, certo?

Mas um bebé tem de ser forte como um touro e deixar a mama, a chucha, a fralda, de um momento para o outro, porque a uniformização desta sociedade diz que está na altura, rapidamente, sem dramas e sem os pais terem dó, nem piedade???

Senão a criança tem uns pais da treta e vai ser uma falhada na vida a mamar até aos 30 anos, de chucha na boca e de cuecas borradas???

Xiça, que ser criança é tramado...

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Pesadelo em Seixal Street

"Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer?"

Seguimos à risca o ditado e a Inês e deitamos cedinho (não, não digo a que horas para não me gozarem muito...)

E acordar perto da meia noite e meia com os bombeiros????

E não, não era o anuncio do Axe Apollo, foi um momento mesmo medonho na minha vida...

Começamos por ouvir, do fundo do vale dos lençóis, alguém aos pontapés a uma porta e a gritar o nome de outro alguém...
E vários vizinhos nos corredores a dizer:
-Tenha calma, já aí vêm...
E o homem desesperado aos pontapés na porta a gritar o nome de alguém que afinal, era o nome de uma criança...
De repente tocam-me à campainha e eu levantei-me, de um salto, com o coração aos pulos, a pensar:
-Meu Deus o que está a acontecer...

No andar de cima o homem chorava e pedia:
-Abram a porta, por favor abram a porta...

Vou a correr para o corredor, meio taralhouca de ter acordada sobressaltada, de pijama do monstro das bolachas e meias, abro a porta deparo-me com 3 bombeiros e todos os meus vizinhos...
Os bombeiros, precisavam de passar da minha varanda para a varanda de cima, uma criança de 12 anos estava sozinha em casa...
A mãe entrou-me pela casa dentro, louca, desesperada, e se eu queria lá saber de cortesias, quanto mais ela, que estava fora de si e nem conseguia falar...
O filho não dava sinal, não respondia à campainha, nem aos pontapés na porta do pai, ou sequer aos gritos de um homem que só chamava o seu nome, na esperança que tudo não passasse de um susto e ele estivesse apenas a dormir...
Foram minutos de angustia para todos, mas a deles não teria com certeza comparação...

O bombeiro conseguiu subir pela minha varanda, e entrar em casa daqueles pais que sentiam o mundo fugir...
Entrou directamente para o quarto do filho deles, que fica por cima do quarto da Inês (que dormia profundamente no meu quarto e nem abriu o olho apesar da confusão e do barulho) e à semelhança da minha filha, também o deles dormia, todo aquele sufoco, passara-lhe completamente ao lado...

O bombeiro abre a porta e diz:
-Esta tudo bem, ele estava a dormir!

Não sei o que se passou antes, nem o motivo dele estar sozinho em casa...
Os pais choraram, eu também senti a voz tremer e podemos todos dormir depois mais tranquilos...

O menino dormia feliz, mas os pais e até nós, tínhamos tido um terrível pesadelo.




quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Ter um filho: Um conto de fadas?

   Cuidar de uma relação a 2 já é dificil, quando passamos a 3 o desafio torna-se exponencialmente maior e a dificuldade aumenta, em proporção, com cada novo membro da familia que surge...

Claro que ter um filho é uma alegria muito grande, se não a maior de todas (para mim foi!), mas enganam-se os futuros pais que vêem a chegada de um filho envolvida em nuvens e borboletas cor de rosa ou azul-bebé!

A chegada de um filho é, antes de mais, testar os nossos limites todos a um máximo que nem achávamos humanamente possível, amor, paciência, resistência, loucura, compreensão, saturação, loucura, empatia, amor, paciência, resistência,brincadeira, felicidade, fúria, loucura, amor, paciência, frustração, resistência, impotência, (e não, não repeti alguns por mero acaso, ou lapso, amor, paciência, resistência e loucura são de facto os limites que testamos mais)...

Antes de tudo ganhamos uma identidade nova, deixamos de ser a Maria Joaquina e o António Manuel para sermos a mãe ou o pai do Joaquim Bernardo, essa nova identidade subtilmente (como um elefante obeso, amarelo às pintas rosa choque) e sobretudo durante os primeiros tempos, atropela, amassa, esfrangalha e esventra a nossa identidade antiga, isto significa que tudo aquilo que éramos parece que desaparece, ou fica debaixo de um tapete enorme de arraiolos com a palavra "bebé" bordado em todas as cores (e sim, isto vivido na pele é bem mais avassalador do que parece!)...

Depois aprendemos a lidar com sentimentos de culpa a toda a hora:
-Apetecia-me tanto tomar um banho de imersão e ficar a relaxar durante 2h... (Ai que má mãe que eu sou, tenho é de estar com o meu bebé, que amo loucamente, e deixar-me destes pensamentos egoistas...)

-Apetece-me ouvir Pink Floyd no carro e cantar o Shine on your crazy diamonds!!! (Coitadinha da Joaninha que já está a olhar para mim e quer tanto ouvir pela enésima vez "Abram alas para o Noddy" e eu que já não posso com aquela merda disse-lhe que deixei o Cd em casa, menti-lhe descaradamente, sou mesmo a pior pessoa do mundo)

-Apetece-me fazer abdominais, ir correr, saltar à corda, tratar do meu corpo e de mim um bocadinho! (Já ontem não fui com o Ricardinho aos baloiços, hoje também já me estou a tentar cortar outra vez, que raio de infancia vou dar ao meu filho??? quero ser uma mãe boa, ou uma boa mãe?)

-Apetece-me vestir aquele corpete que tenho abandonado na gaveta, meter uma musica sensual, meter uns morangos a jeito e dar uma esfrega no António Manuel que anda a reclamar há um mês que já não lhe ligo como antes, hummmm!!!! (Mas meto a Patricinha na casa dos avós? Que raio de pais somos nós que despachamos a nossa bebé para dar quecas?? Espero que ela adormeça??? E se acorda a meio da festarola porque teve um pesadelo, como da outra vez e nem tenho tempo de meter a porra de um morango na boca? E se ela vem ter connosco à sala, agora que já sai da cama, e vê a mãe armada em bailarina exotica??? E a que horas é que eu me deito com isto tudo????)

Depois aprendemos que não podemos deixar para amanhã o que temos para fazer agora, porque acumula tudo e nada melhora...
Temos que partilhar as tarefas e nem sempre é facil, porque há dias que estamos tão mortos que só nos apetece que o outro faça tudo, mas o outro também está desejoso de ouvir:
"Fica aí no sofá, meu amor, que eu dou-lhe banho, faço o jantar, meto a mesa, dou-lhe jantar, dou-te jantar, arrumo a cozinha, meto-a a dormir, levo-te ao colo para a cama também a ti, levanto-me de todas as vezes que ela/e acordar e tu podes dormir tranquilo e feliz!"
Claro que isto nunca vai acontecer!!!

Em vez disto é mais:
-Faz o jantar, não vês que eu estou a dar-lhe banho, queres comer outra vez as 10h da noite???
-Traz-me uma fralda que as que estavam aqui já acabaram, estás a ver as noticias, estas a gozar certo???
-Vá, vai já lavar-lhe os dentes enquanto eu meto a louça na maquina que ele/a já está cheio de sono e depois fica rabujento e já nem quer dormir!

E o conto de fadas acaba com dois adultos de trombas e um bebé feliz a dormir tranquilo, a sorte é que o cansaço é tão grande para os adultos, que normalmente deitam-se e  esquecem as trombas porque até estar zangado consome mais energia do que dispomos naquele momento!

E pois, claro que temos que tentar namorar na mesma, cultivar o romance, cuidar da relação que já existia antes da chegada do bebé, mas do saber que se tem de, ao conseguir faze-lo vai um longooooooooooo e tortuoso percurso que se revela mais dificil de dia para dia! O pior é que há sempre aqueles casais que parecem perfeitos (mas se calhar quase que se matam em casa) a opinar e a dizer que eles namoram muito à mesma, que o Martim é felicissimo a dormir em casa dos avós todas as sextas feiras, que a Mariazinha dorme que nem uma pedra e até fazem swing na sala  com mais 3 casais amigos,que ela não dá por nada... Meus queridos a nossa vida muda, é um facto, temos de aceita-lo e pronto, não se iludam, nem invejem estes amigos (risquem-lhes o carro com uma chave de fendas e pronto!)...

Ou seja um filho não é nunca uma forma de reforçar uma relação, um filho testa é a resistência dessa relação até aos limites do impensável!

Mas uma coisa é certa, quando se ultrapassam as barreiras, as paredes tremem mas não cedem, os alicerces resistem a sismos, intempéries, roedores, pragas de formigas, térmitas, gafanhotos e pirilampos mágicos, descobrimos que a partilha pode ser uma coisa maravilhosa e as equipas que vencem nascem do esforço comum!
 E sim, vale a pena, porque os nossos filhos enriquecem a nossa vida constantemente e um sorriso, um beijinho babado ou um xi-coração compensam tudo!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Grrrrr...

Raramente me arrependo daquilo que faço, mas há uma decisão que tomei em tempos que me dá vontade de bater com a cabeça na parede muitas vezes,:

MAS PORQUE É QUE COMPREI A CASA NUM 3º ANDAR NUM PREDIO SEM ELEVADOR???????

Para além da porcaria que é subir com compras (se bem que opto muitas vezes por entregas das compras ao domicilio) o pior agora é “alancar” com a minha piolha de quase 12kg para cima e para baixo…

E sim, ela já anda, mas é claro que não a faço ir pelo pé dela até ao 3º andar, às vezes sobe o primeiro lance de 5 degraus, por escolha própria, e já eu me sinto uma sortuda, nem que sejam só menos 5 degrauzinhos, as minhas costas até batem palmas com as vértebras!

Lindo, lindo é quando saímos de casa de manhã e ao chegarmos ao rés-do-chão, eu verifico que ela arrancou a chucha pelo caminho, descalçou um sapato, ou eu me esqueci de qualquer coisa…
Aí juro, tenho vontade de dar uma dentada num tronco de uma arvore…
Como hoje, por exemplo, que arrancou o prende chupetas logo à saída da porta, sem que eu tivesse dado conta e quando chegámos à porta do prédio diz com o ar mais doce do mundo:
“ Mamã Chi!”
 (Chi é a Chica é a chucha, chucha Chica)

Resignada respiro fundo, volto a subir, munida de mala, saco da Inês e 12kg de popota inquieta, a ruminar impropérios ao belo estilo do cão Muttley dos Wacky Races…



Aguenta mamã…

P.S. Nunca mais compro uma casa num 3º andar sem elevador.
P.S.2  Nunca mais compro uma casa num 3º andar sem elevador.
P.S.3  Nunca mais compro uma casa num 3º andar sem elevador.
P.S.4  Nunca mais compro uma casa num 3º andar sem elevador.
P.S.5  Nunca mais compro uma casa num 3º andar sem elevador.
P.S.6  Nunca mais compro uma casa num 3º andar sem elevador.
P.S.7  Nunca mais compro uma casa num 3º andar sem elevador.
P.S.8  Nunca mais compro uma casa num 3º andar sem elevador.
P.S.9  Nunca mais compro uma casa num 3º andar sem elevador.
P.S. 10 Nunca mais compro uma casa num 3º andar sem elevador.
P.S. …32554452555855 Nunca mais compro uma casa num 3º andar sem elevador.



domingo, 17 de fevereiro de 2013

Um acto de coragem?!

O Papa Bento XVI renunciou.
E eis que o mundo católico aplaude de pé o acto heróico do Sr. que calça Prada (segundo o Vaticano não calça), como se esta acção demonstrasse um grande respeito pelos crentes e uma grande coragem…



Eu detesto Papas, desculpem-me  os  crentes mais susceptíveis ,mas detesto!
Acho que os Papas e toda aquela gente, aureolada à força, no Vaticano são uma cambada de hipócritas. Uma cambada de obscurantistas arrogantes que vivem no luxo e na ostentação e muito pouco fazem pelo bem do mundo.

Eu fui baptizada por opção aos 13 anos, acredito em Deus, concordo com os mandamentos, admiro alguns Padres, nomeadamente o que me baptizou, sou devota à Mãe de Jesus (mas não lhe chamo virgem, porque acho que ela merece o meu respeito e isso seria desrespeita-la enquanto mãe e mulher e ela foi uma grande Mulher e isso sempre assustou as religiões lideradas por homens).

Agradeço sempre a Deus e a Ela antes de dormir, benzo a minha filha e peço a eles e ao meu anjo da guarda protecção para ela e para todas as pessoas que amo, todos os dias.

Por isso não, desculpem-me os católicos ferrenhos, lamento mas não vos dou a tranquilidade de ser uma herege.

Detesto Papas, acho que não fazem falta nenhuma e se o João Paulo II apesar de ser Papa (e aí, para mim, perder uns pontos) até me parecia uma boa pessoa e um conciliador, este então não desperta em mim qualquer simpatia...
Perdoem-me mas quando olho para ele parece-me que só lhe falta ter a suástica tatuada num braço e não digo isto por ele ter mesmo pertencido à juventude Hitleriana (segundo o mesmo porque na altura era obrigatório e sim, isso devia de ser, porque cá também tivemos a mocidade portuguesa) mas porque sempre achei que ele tem ar de quem gostou muito (ou ainda gosta) de dizer “heil Hitler” e se acha, realmente, de uma raça superior.

Agora temos o Sr.Ernst von Freyberg, como novo presidente do Banco do Vaticano, este nomeado teve a anuência do papa Bento XVI, (oh… que coincidência tão estranha...) este fantástico lidera uma empresa ligada ao nazismo (mas calma, o Sr. Papa não o conhece pessoalmente, só o nomeou porque gosta muito do nome Ernst e se tivesse um cão queria dar-lhe este nome, vai daí quando viu o nome deste ilustre desconhecido resolveu:” Pode ser este, porque não o conheço, mas gosto muito do nome dele!!”)…

Mesmo que o Sr. Papa renunciado não o conhecesse, não seria sensato saber que tipo de Empresas liderava o Sr. que iria liderar o Banco do Vaticano?

Se calhar, antes de entregar assim os milhões do Vaticano nas mãos de um Ernst qualquer, convinha (digo eu) investigar primeiro o tipo e depois não o nomear, quando se chegasse à conclusão que o Sr. gostava de gritar “Heil Hitler” no duche e fosse a favor de que os magníficos arianos governassem o mundo….

Mas o Bento é um crente e um ingénuo, gostou do nome do gajinho e nem pensou mais no assunto, elegeu-o e pronto, sem desconfianças ou reservas!!

Pois é, eu tenho uma mente perversa, julguei mal o Bentinho…  Afinal ele ter renunciado, só depois de ter concordado com o amigo Ernst, chamemos-lhe amigo porque mesmo sem o conhecer o benemérito Bento foi mesmo amigo dele, foi apenas uma peculiar coincidência…

Se daqui a uns meses rebentar mais um escândalo de pedofilia no Vaticano também será um infeliz acaso, se envolver onome do Bento será uma grande maledicência, até porque ele nesse momento estará desaparecido dos olhos do mundo a rezar, vagueando pelo mundo, espalhando a palavra de Deus de túnica comida pelas traças e sapatos Prada (não Prada não, desculpem…).

A verdade é que o Hitler deve estar a rejubilar na campa…
Eis que da tumba assiste à fiel Merkel a mandar Europa e já não tem o Bento, mas tem o Ernst, no Vaticano…

(E agora só um aparte:
Porque é que um Papa estar cansado e não querer trabalhar mais é visto por tantos como um acto de coragem?
 Mas se for um dos restantes mortais  a chegar ao trabalho e dizer: "Estou cansado, já não me sinto capaz de trabalhar" é visto como um ser preguiçoso e calão que não quer é trabalhar,por isso não merece nada e deve é ser já despedido com justa causa?)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Premiar a estupidez...

O fotógrafo sueco, Paul Hansen foi o vencedor do World Press Photo 2013.
A fotografia vencedora remonta a Novembro do ano passado, na cidade de Gaza e mostra os corpos de dois irmãos, de 2 e 3 anos, que foram mortos durante um ataque de mísseis israelitas, a serem transportados por familiares lavados em lágrimas…
Uma foto com duas crianças mortas ganhar um prémio é um murro no estômago do mundo inteiro, mas ao mesmo tempo, desta forma controversa, esta realidade chocante não passou ao nosso lado e abalou-nos, pelo menos por um momento…






“A guerra tem sempre danos colaterais; o conflito na faixa de Gaza é complicado; os palestinianos são terroristas”, dirão alguns…

Eu, no entanto, quando olho para esta foto só vejo duas crianças inocentes, puras, pequenas, mortas e adultos a chorarem lágrimas transparentes iguais às minhas.

São realidades diferentes?
A mim parece-me uma realidade muito concreta, duas crianças, entre muitas outras, morrem, absurdamente porque adultos, que ainda não cresceram, do altar da sua arrogância, intolerância e estupidez, as impedem de crescer e de tornar o mundo melhor…

Esta foto captou apenas a morte do futuro, nada mais.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Dia de São Valentim!

A origem da lenda de São Valentim não reúne um consenso, sendo pagã ou cristã, a verdade é que visa
celebrar a paixão, a entrega, a coragem de amar!
O amor merece ser celebrado todos os dias, mas às vezes é preciso existir um dia para nos lembrarmos
que a nossa vida também deve ser amor, romance e sonho!
Às vezes é preciso haver uma data para nos obrigarmos a receber uma flor, um beijo mais demorado,
lançarmos um olhar mais atento, ou desenharmos um coração com o mesmo entusiasmo com que o
fazíamos antes…
Às vezes é preciso haver um momento para nós mesmos, para nos apaixonarmos outra vez por alguém,
pela vida e por nós próprios!
Um minuto para dizermos eu gosto de ti, tenho saudades, amo-te, ou não te esqueço (pelo menos hoje)

Às vezes é preciso haver um segundo que nos soube bem e que quando foge para dar, novamente,
lugar à loucura da rotina e das pressas, nos deixe saudosistas, com um brilho no olhar e um sorriso nos
lábios…
Porque sentimos e sabemos que a vida é efémera mas deve ser uma paixão que dure, enquanto dure!

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Uh! Uh! Uh!

A maternidade anda mesmo a tornar-me prendada e boa rapariga...
LOLOL

Até já me dá para fazer costura... (Ai se a minha tia Tita soubesse enchia-se de orgulho!! Ela que sempre me tentou ensinar estas coisas...)

A minha Pocahontas:






Com o fato desenrascado pela mamã!
Que aplicou as fitas no casaco, fez o cinto e a fita da Pocahontas!!

:)))

Epa estou tão jeitosa que estou mesmo a ficar parecida com a avó do Ruca...
(Medoooooooooo)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Só me querem pelo corpo...

4h30 da manhã...
O silêncio da madrugada é rasgado por sons misteriosos e desconcertantes...
Chomp Chomp Chomp Chomp...
Ronronronronron...
Fssss Fssss Fssss....

É duro ter uma baby pendurada na mama, uma gata a ronronar-nos na perna direita e o gato a guarda-nos o pé esquerdo, sentado em cima dele, enquanto rosna à gata...

Tudo isto ao mesmo tempo, num surto de energia psicadélica, enquanto eu estou comatosa....
Ás vezes acho que estes três só gostam de mim pelo meu corpo...

E o pai?
O pai dormia, sacana pá....

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Poque o Papão existe e o pior é que não está sozinho...

 Ser mãe modifica-nos sempre, a mim tornou-me simultaneamente mais forte e mais fraca...

Mais forte porque me demonstrou que temos muito mais energia do que julgávamos ter e mesmo quando pensamos que estamos no limite, as pilhas se recarregam de repente se, num momento de maior desespero ou exaustão, eles nos presenteiam com um sorriso, ou um abraço, ou um simples olhar...

Mais fraca porque todos os dias me apercebo de como será difícil explicar o lado negro do mundo à Inês, sem lhe roubar a doçura, a ingenuidade, a ideia que ela tem que todas as pessoas são boas e gostam dela...

A verdade é que o mundo e a vida são descobertas maravilhosas que merecem todo o entusiasmo e a curiosidade de uma criança (e de um adulto) mas também existe um lado muito sombrio sempre à espreita...

Hoje li que na Índia as crianças vitimas de abusos sexuais são ainda vitimas de maus tratos e traumas diversos pelos policias e os médicos que as ouvem...  Que os medicos inclusive, lhes fazem o teste do dedo, para determinar o seu histórico sexual e falamos de crianças com idades variadas, 2, 3, 4, 5 anos...

Mas não precisamos de ir à Índia, cá quantas crianças são abusadas e quantas vezes com a conivência dos familiares à volta da criança e do abusador, que tantas vezes é o pai, um tio, a mãe, um amigo...

Como vou eu, um dia, ter coragem para explicar à Inês que existem mães que matam os filhos, pais que espancam e violam os filhos, policias e médicos que maltratam quem tem coragem de dizer que alguém mau lhes tocou...

Como é que se mostra este lado nojento do mundo a uma criança sem a beliscar? Se nós, que já somos adultos, não conseguimos encarar estas realidades sem sentirmos o estômago às voltas e uma tristeza e desencanto profundos... 

Hoje a Inês estava a brincar com um dos bebés dela, tinha-o no colo e cantava para ele enquanto ia espreitando o canal Panda, fiquei a olhar para ela, tão doce, tão meiga, tão deliciosa naquele momento, quando me viu levantou-se e veio abraçar-se às minhas pernas e deu um beijinho... Eu senti-me tão feliz, tão abençoada!

Depois li a noticias de todas aquelas crianças na Índia, doces como a Inês, meigas, deliciosas e todas as outras crianças por cá e pelo mundo fora que são destroçadas pelos Papões repugnantes que existem no mundo, sempre à espreita, sempre à espera, ávidos de destruir o momento mais bonito da nossa espécie, a idade mais especial, a altura em que estamos mais perto da perfeição, uma perfeição bela, sensível e pura, que ainda só aspira e respira Amor...

E senti-me tão pequena, tão fraca, tão triste...




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Fernando Ullrich (all rich???)

Se me fossem hoje concedidos 3 desejos por um génio de uma lâmpada (nem que fosse de uma lâmpada economizadora) qualquer,
um deles era apertar o nariz ao Fernando Ullrich do BPI



 e obriga-lo a limpar os sanitários públicos, de joelhos no chão com paninhos de 10cm/10cm , numa estação de metro, depois da hora de ponta, enquanto cantava, ao mesmo tempo a "Material girl" da Madonna, vestido de tirolesa...
Porque ele aguenta!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Fui ao céu!!!

Uma das coisas que mais gosto é de mar, adoro praia, a areia nos pés, o salgado na pele, adormecer na toalha a ouvir as conversas das pessoas e flutuar entre as ondas suaves, de olhos fechados, a ouvir o mundo de dentro de água...
Adoro, relaxa-me deixa-me mais feliz!

Então a pai da Inês resolveu fazer-me uma surpresa e ofereceu-me um voucher da Float in no Natal!
Fui ontem experimentar, a experiência consistia em 50m de flutuação e depois uma MA-RA-VI-LHO-SA massagem relax de 70m, intervalados com um chá de relaxamento.

Minhas/eus querida/os, depois daquilo eu estava capaz de ir tocar harpa para uma planicie, ou correr nua atrás de borboletas num éden qualquer!!!
O céu existe e mora ali, durante 2h30m...

A verdade é que eu tenho andado um bocado stressada, a privação de sono de qualidade e a correria do dia-a-dia fazem mossa ao fim de 15 meses de Inês, mais 9 de gravidez de alto-risco...
O pai da Inês, o meu borracho e namorado há 12 anos, sabia que eu precisava de algo assim para voltar a mim, outra vez!

Claro que eu, sou eu, aquela que vive a 200km à hora, por isso mesmo num flutuador, relaxar não foi pêra doce...

Tomei o duche e, mortinha que estava por experimentar enfiar-me dentro de uma super banheira com agua quentinha e 300kg de sal Epson (que é assim uma delicia e nada tem a ver com o sal de cozinha porque deixa a pele suave), ansiosa, porque não tomo um banho de emersão há quase 2 anos e mesmo que nem flutuasse, só por isso valia a pena, esqueci-me, da advertência da terapeuta que me disse que tinha ali vaselina para cobrir algum corte, ou ferida que tivesse...
E enfiei-me à gulosa dentro do flutuador, quando me ardeu um dedo até à alma, é que me lembrei que há dias lhe arranquei um bocadinho de um bife com uma faca a descascar batatas!!! Tiro a mão de dentro de agua como se tivesse levado um choque electrico e lembrei-me do borrifador de agua doce, que está ali mesmo à mão (outra advertência que a terapeuta me fez), besuntei o dedito com vaselina e não ardeu mais!

Depois deitei-me para trás, mesmo sentada as pernas começam logo a flutuar, não tem de se fazer esforço nenhum!! Aí foi quando percebi o quanto me estava a fazer falta uma coisa destas, porque não conseguia relaxar...

Até me doía o pescoço da tensão que estava a fazer, lá estava eu, num flutuador, a olhar fixamente para o detector de incêndio no tecto e a pensar vou estar aqui 50minutos...

Eu detesto estar às escuras, também detesto estar fechada...
Já tinha escolhido um flutuário aberto porque, as cápsulas fechadas me pareceram um bocadinho claustrofóbicas, apesar de o ideal ser as fechadas para total privação dos sentidos e relaxamento total. Também decidi que não o faria às escuras, mas, depois de estar 5minutos a olhar para o detector de incêndio, pensei tenho que tirar o máximo partido desta experiência, o botão da luz, está acessivel (luz, som e alarme, estão os 3 botões no flutuário a distância de esticar o braço) se me sentir desconfortável ligo novamente...


Coloquei a almofada flutuante para o pescoço, fechei a luz e...
RELAXEI!
Foi uma sensação maravilhosa, a escuridão completa e a sensação de ausência de gravidade, parecia que voava pelo espaço, passado alguns minutos a musica desligou e eu também...
Dormi, não sei quanto tempo, poque parece que tinham sido 10minutos, mas de repente as luzes voltaram e a sessão de flutuação de 50m chegara ao fim. 50m de flutuação equivalem a 4-6horas de sono e se vissem a minha cara quando saí dali, diriam mesmo que tinha estado a dormir uma grande sestarola!
Depois novo duche quentinho e chá na sala de relaxamento, onde escolhi a essência para a minha massagem, depois de flutuarmos o nosso corpo está muito mais receptivo à massagem, estamos molinhas e felizes, os músculos todos descontraídos (embora a terapeuta tenha dito, no fim, que eu tinha muita tensão acumulada na cervical), a massagem foi tão boa que eu, por duas vezes tive de fechar a boca à pressa para não me babar para o chão, quando estava na marquesa de barriga para baixo!!!
Juro, que se a terapeuta fosse um gajo tinha ponderado casar com ela, numa outra vida, porque nesta estou muito bem com o papá da Inês!

Deviamos ter todos direito a ir ali, pelo menos uma vez por semana, o mundo seria, de certeza absoluta, muito melhor, devia ser mesmo uma questão de saúde pública!