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sábado, 4 de maio de 2013

Funcionários públicos, os novos judeus...

    Afinal a culpa disto tudo é dos funcionários públicos, esses malditos parasitas que destruíram Portugal e a sua maravilhosa e saudável Economia... Se calhar a solução para a recuperação deste País passa por matar metade e a outra metade escraviza-los, acorrentados ao trabalho, sem direito a remuneração! Podíamos perguntar aos nazis sobreviventes (e/ou simpatizantes, por cá temos uns quantos) como acabar com esta praga, afinal os funcionários publicos são piores que baratas e precisam de ser espezinhados.



Ao fim de 37 anos de ignorância percebo finalmente, que tudo aquilo que acreditava ser a evolução natural de uma espécie estava errado...
Sempre achei que a evolução passaria por aquilo que significa a própria palavra: Evoluir; melhorar; aperfeiçoar; crescer...
Para mim evoluir significava portanto e também, melhorar as condições de vida do cidadão comum, mais tempo de qualidade, mais tempo para a família, melhores condições sociais, o respeito do indivíduo e do todo para o crescimento comum...
Na minha idiota opinião a evolução ditaria que o homem passasse menos horas a trabalhar e menos anos para que houvesse trabalho para todos e o trabalho não fosse um grilhão mas antes um meio de o Homem contribuir activamente para a Sociedade que o acolhesse e respeitasse.

Eu trabalho para o privado, vejo tanta gente agora a regozijar-se por a carga horária dos funcionários publicos ser aumentada e confesso não entendo... Mas lá está eu sou ignorante.
Na minha inocência e burrice patológica achava que devia ser tudo ao contrário, sou anti-evolução talvez (porque a evolução também dita que só os fortes sobrevivem e os funcionários públicos, afinal, devem ser fracos...). Na minha utopia infantil eu imaginava que evolução deveria passar por todos trabalharmos 35 horas por semana e por cada filho diminuírem 2 horas semanais... Porque, achava eu, desta forma as pessoas teriam mais tempo para ter filhos que iriam um dia sustentar as suas reformas e garantir o sistema social...

 Também achava que os anos de trabalho deveriam contar para a idade da reforma, o justo seria 33 anos de serviço para todos, deixava de haver uma idade da reforma, mas sim um tempo mínimo contributivo, porque não me parecia justo que alguém que tenha estado sem fazer nada até aos 35 anos (como muitos dos nossos políticos e não as J's* não contam, porque os escuteiros também não, nem as catequistas) deve se reformar com a mesma idade de alguém que começa a trabalhar e descontar aos 18. Desta forma também se renovaria o mercado de trabalho de uma forma constante, sem saturação nem desemprego.

Afinal a evolução não existe, existem ciclos ridiculos que se repetem, estamos novamente no tempo do Holocausto e em breve no tempo da sardinha que dá para 3 e do trabalhar de sol a sol sem direito a nada.




(*Juventudes partidárias)